Este projeto para degustação de vinhos é um projeto privado no Sul do Brasil.
Existe uma correlação entre a arquitectura e a produção de vinho. Neste edifício, aproveitamos o que a terra nos proporciona de melhor. Este edifício emerge solidamente da mesma terra e eleva-se a si próprio. Para observar a gênese do processo de vinificação a partir de cima, a partir do ar.
É um terraço suspenso. O vinho repousa em recipientes de madeira, barris de madeira antes da garrafa, do copo, do corpo. Este edifício é um local incrível para que as pessoas possam descobrir melhor o vinho.
O edifício também foi posicionado de tal forma que os primeiros 9 metros do edifício voariam sobre a borda do planalto existente, tornando a experiência de degustar vinho muito mais interessante. A ideia é fazer com que a sala atue, conforme o tempo, como um terraço voador livre de quaisquer elementos verticais, e assim, ver a vista exuberante.
Uma interferência menor seria um par de cabos de aço que fixam as vigas de glulam superior ao solo, a fim de evitar movimentos laterais e forças ascendentes. No lado Norte do edifício, é necessário um mastro horizontal que se eleva da laje de concreto do chão para transportar estas forças para o chão que se inclina lá embaixo. Uma estrutura muscular de aço espacial composta de seções ocas circulares, são variáveis seguras para a estrutura do telhado GLULAM até as paredes espessas de concreto exposto, que depois transportam todas as forças para fundações pesadas e volumosas de concreto. Todas as placas de vidro que envolvem a sala de degustação deslizam para uma cavidade nas paredes de concreto. As placas de vidro do limite cantilever da sala destinam-se a ser fechadas e abertas pelo que se chama um “sistema de janelas de canto giratórias”. A estrutura do telhado em cantilever de 16 metros seria constituída por vigas de glulam enganadas por cima e por baixo por duas camadas de painéis de OSB.
O espaço no meio é preenchido com isolamento térmico. A parte superior do telhado é impermeabilizada com uma membrana termoplástica e acabada com um sistema de madeira resistente de IPÊ substituível, se necessário, que deixa passar a água da chuva. Este revestimento do telhado IPÊ ecoa os barris de madeira de vinho onde repousam durante algum tempo no seu processo de fabrico. Todo o concreto exposto deve ser tingido com ocre, a cor do solo local, e texturado como a madeira. O edifício é feito basicamente de concreto terroso, sólido, pesado e com aterramento estável, madeira de barris de vinho, tubos de aço e vidro transparente, quando necessário. Há também um par de banheiros e um tanque de água escura refletora, com plantas aquáticas na entrada. O ar arrefecido ou aquecido seria fornecido através de uma grelha linear no chão de madeira instalada longitudinalmente sob o eixo das grandes mesas lineares. A mesa também aloja lavatórios com abastecimento de água, garrafas de vinho e armazenamento de vidro. A madeira também termina na parte inferior do telhado e a parte voadora da laje de concreto.
